segunda-feira, 23 de agosto de 2010

SÍNTESE DO LIVRO APRENDER BRINCANDO

O livro de Denise Chapman Weston e Mark S. Weston é composto de duas grandes partes: A primeira parte – aborda os fundamentos do desenvolvimento do caráter com os seguintes capítulos: 1 – Conhecimento; 2 – Equilíbrio e estabilidade; 3 – Amor e aceitação incondicionais; 4 – Inspiração e definição de papéis; 5 - Relações com a família e com a comunidade. A segunda parte – aprofunda as capacidades do caráter com os seguintes capítulos: 6 – Potencial pessoal; 7 – Harmonia social (i.e.,capacidades pessoais); 8 – Autoconsciência; 9 – Felicidade; 10 – Sensibilidade; 11 – Engenhosidade e resolução de problemas; 12 – Humanidade.

Os autores (2000; p.10) dizem que “como tantas outras coisas em nossas vidas, a inspiração para Aprender brincando teve origem em um encontro acontecido em um desses Workshops com a mãe de um menino chamado Will de oito anos, que estava com seu caráter desequilibrado, ou seja, suas partes não estavam integradas. Apesar de a mãe de Will sentir que não havia esperança, nós a ajudamos a ver que, a despeito do seu comportamento. Will não era um menino mau. Ele queria ser amado e gostava muito dela. Will tinha bastante força de vontade, independência, perseverança e coragem. Também era um sofisticado solucionador de problemas, como demonstrava sua habilidade em manipular. O que evidentemente estava ausente eram características importantes, como empatia, responsabilidade, autoconsciência e autodisciplina, fundamento da inteligência emocional. A mãe de Will nos pediu ajuda para ajudá-lo, ela tornou-se pró-ativa, em vez de reativa”. Segundo os autores (2000; P.10) “o objetivo do livro é criar filhos emocionalmente e intelectualmente capazes e confiantes”.

Weston e Denise e Mark (2000; p. 11) falam que “as queixas mais comuns que ouvimos de pais que vão aos nossos seminários, nos telefonam ou vêm ao nosso consultório são de que seus filhos”: Não ouvem os pais; adiam as lições de casa; agem sem pensar; batem nos irmãos menores; desistem fácil; ignoram regras; não arrumam o quarto; não falam com os pais. Colocam ainda (2000; idem) “que quando chegam ao final da lista de queixas, pedimos a eles que pensem sobre os objetivos que têm para seus filhos. Não surpreende que essa questão provoque um branco, pois é esquecida entre as pressões do trabalho, do casamento, dos crediários, da disciplina e da lição de casa.

Depois de algum tempo, lembram-se, e o que dizem é mais ou menos isto: meu objetivo é criar meu filho para que ele”: Seja justo, honesto e bom; respeite a lei e a autoridade; tenha uma mente independente; seja bem-sucedido; viva moralmente e tenha princípios; seja confiável e respeitoso; seja capaz de amar e de ser generoso; seja disciplinado e responsável; seja apto para aprender e motivado; cuide de seu corpo; resolva problemas grandes e pequenos; desfrute a vida e seja feliz; comunique –se de forma aberta e respeitosa; seja uma boa pessoa.

Os autores (2000; p. 12) apontam que “temos o compromisso de colocar nossas prioridades de longo prazo em primeiro lugar, ensinando e ajudando nossos filhos a desenvolverem traços de caráter, para isso é necessário que procuremos modos de reaver o controle sobre nosso tempo e nossos objetivos parentais usando soluções criativas”.

O caráter segundo os autores (2000; p.12) “é descrito como o conhecimento interior, os sentimentos e os valores que nos orientam na vida, guiando nossas ações em direção a objetivos. O caráter não é um jeito de “ser”; tem a ver com “ser capaz”; em outras palavras, é baseado sobre a habilidade do indivíduo para ir além do temperamento, construindo um repertório balanceado de habilidades, hábitos, traços, capacidades e conhecimento integrados, que só pode ser desenvolvido numa vida de experiências e aprendizado”.

Denise e Mark Weston (2000; p. 13) argumentam que “um ambiente de construção de caráter deve incluir os seguintes cinco fundamentos e deve ser proporcionado às crianças desde o começo”: Conhecimento e compreensão; estabilidade e equilíbrio; amor e aceitação incondicionais; inspiração e definição de papéis; família e ligações com a comunidade.

Entretanto, segundo os autores (2000; p.13) “as crianças não são responsáveis pelo estabelecimento desses fundamentos; nós somos. Nós pais, assistentes e educadores somos os mentores de nossas crianças. Sem esses fundamentos, as crianças não têm nada sobre o que possa construir seu caráter”.

Os autores abordam (2000; p. 14) que “há muitas capacidades e habilidades que são necessárias para navegar entre os desafios da vida; selecionamos as mais

importantes e as agrupamos de modo a tornar administrável uma tarefa

desanimadora. Usamos a palavra capacidade de propósito, em lugar de traços ou características, para ressaltar o fato de que o caráter aprende-se e cresce”.

As capacidades essenciais do caráter são as seguintes”: O potencial de cada um: capacidade de ter autoconhecimento, auto-estima e motivação interior para perseverar; autoconsciência: capacidade de lidar com emoções, de adquirir compreensão e expressão pessoal, de desenvolver a intuição; harmonia social: habilidade em comunicação, competência social e capacidade de trabalhar em equipe; sensibilidade: ser moral, ter capacidade de tomar decisões conscientemente e de pensar de forma independente; usufruto da vida: ter alegria, capacidade de lidar com o estresse e de encontrar paz interior; engenhosidade: ter capacidade para administrar crises e resolver conflitos; humanidade: ser capaz de ter empatia, respeito, estima.

Segundo os autores (2000; p. 15) a abordagem da construção do caráter e da inteligência emocional exige tempo, “cuidar da inteligência emocional da criança não é diferente de cuidar do corpo dela. Um tempo extra gasto para ensinar capacidades importantes de caráter economiza um tempo precioso e previne problemas sérios mais tarde”.

Sabemos que o aprendizado é um processo de construção, ele acontece nas experiências do dia-a-dia, nos momentos de descoberta, nos eventos e exercícios, planejados ou não, nas aventuras estimulantes e prazerosas de nossa existência. Os autores (2000; idem) nesse sentido recomendam que “o método para ensinar as crianças para o processo de aprendizado é o uso do jogo, método de aprendizado favorito das crianças. O jogo é meio eficiente de ensinar uma criança. Com jogos, você pode ensinar conceitos complicados, princípios filosóficos e emoções que são difíceis de descrever em palavras”.

Segundo os autores (2000; p. 16) “Diferente de outros métodos de ensino, o jogo envolve inteiramente a criança na lição ao envolver todos os sentidos. Ela não apenas ouve ou vê a lição, ela a faz (...)”. “O jogo é domínio da criança. Para ela, é o método natural de compreender o mundo”. “(...) é preciso injetar experiências de jogo significativas na vida de nossas crianças. Além de ensinar, o jogo reduz o estresse e abre a mente para a criatividade. Tudo isso faz do jogo uma escolha sábia para educar as crianças a respeito do caráter”.

Os autores (2000; p. 18) do Aprender brincando “o escreveram para ser um livro de referência. O material está organizado em grupos de fundamentos intimamente relacionados ao desenvolvimento do caráter e das capacidades que têm aplicação prática”.

Cada capítulo começa com uma introdução objetiva a respeito do que é importante saber sobre a capacidade de caráter discutida. Denise e Mark Weston (2000; p. 19) “elaboraram uma abrangente, mas compreensível tabela de desenvolvimento (apenas para os capítulos seis a doze), que ajuda a manter as expectativas de acordo com a idade e as características da criança”.

Os autores (2000; idem) explicam “o capítulo então continua, e a parte de que você (e com certeza a criança) vai gostar mais vem a seguir: as atividades de construção do caráter. Cada capítulo oferece entre 15 e 40 atividades que irão ampliar a fundamentação e/ou o desenvolvimento do caráter. Descrevemos a atividade, esclarecemos seu objetivo e identificamos a idade apropriada para cada uma. Além disso, há, permeando o livro, pequenas e iluminadas histórias sobre jovens heróis e heroínas que, com suas ações e seus feitos, mostram capacidades de caráter bastante desenvolvidas para uma idade impressionantemente tenra. Use essas histórias para manter o seu otimismo a respeito do potencial infantil e, por favor, consiga tempo para lê-las às crianças, de modo a inspirá-las também. No final do livro, fornecemos, para a sua orientação, um modelo de “Formulação de solução de problemas” e uma listagem com “mais de 450 capacidades, talentos e habilidades das crianças”.

Sabemos que o conhecimento é primordial para as conquistas e descobertas de novas possibilidades no decorrer de nossas vidas. É por isso, que os autores (2000; p. 23) revelam que “o conhecimento é como óculos para a mente: esclarece experiências pessoais, aguça a interpretação e ajuda a concentrar-se no mundo em redor”. Dizem ainda que “o conhecimento do seu filho floresce quando você estabelece um ambiente de aprendizado aberto e crítico em sua casa. Neste contexto, a criança sente-se bem em relação ao aprendizado. Lembre-se que o processo de aprendizagem dura 24 horas por dia, sete dias por semana, durante a vida do seu filho. Não é limitado a lições programadas ou ao horário da escola”.

O processo de aprendizagem é dinâmico e contínuo, flexível e disciplinado, com estágios determinados pela idade e pelo tipo de informação, ou seja, segundo os autores (2000; p. 24) “o conhecimento é forjado pela instrução e pela observação e afiado pela experiência (...)”. “O aprendizado é dependente do desenvolvimento, particularmente nos primeiros anos, quando a criança pula de um novo e excitante estágio cognitivo para outro (...)”. Portanto, para os autores (2000; p. 25) “com conhecimento a criança ganha confiança e auto-estima, o que a incentiva a aprender mais; o conhecimento é automultiplicativo, pois traz consigo a consciência de quanto mais há para se aprender e a valorização do tanto que os adultos sabem”.

Weston (2000; p. 26 e 27) orientam como desenvolver o conhecimento para construir o caráter da criança. “Dê mais ênfase ao aprendizado do que à aquisição de informações. Se você criar um clima de abertura e animação, você ensinará a criança a amar o processo de dominar o conhecimento sobre coisa novas (...)”. É preciso ainda que se “Leve em conta o ambiente da criança em casa e na escola, assim como seu estilo de aprendizado, sua idade e seu grau de desenvolvimento”.

Os autores (2000; p. 27 à p. 40) elencam várias atividades para desenvolver o conhecimento: “O livro familiar do conhecimento – Um livro para registrar as informações aprendidas; A enciclopédia da família – Um livro de projetos de aprendizado; Livros das coisas que eu sei – Registro anual das conquistas físicas e intelectuais do seu filho; A biblioteca da família – Uma coleção dos livros favoritos de sua família; Apreço e amor pela biblioteca – Incentiva o apreço pela biblioteca da comunidade; Autor, autor...Obrigado por seu livro – Escreva ao autor do livro favorito de seu filho; Fico imaginando – Teste o conhecimento de seu filho e acenda sua curiosidade em relação a tudo aquilo que sempre intrigou você; A busca da sabedoria – Passar um dia pesquisando um tópico; Dicionário do jantar – Para construir o vocabulário durante o jantar; Manchetes de geladeira – Exibição de novos aprendizados na sua geladeira; Guerreiros da Sabedoria – Mostre sua estima por aqueles que inspiram seus filhos

Show da família – Um evento regular em que membros da família mostram o que

aprenderam; O especialista / Nomeie cada membro da família um especialista em

alguma coisa; Centro de lições de casa – Um lugar especial para seu filho fazer as lições de casa; Para gostar de aprender – Jogos educativos divertidos; Museus mágicos – Explore museus de arte pensando em diversão e aprendizado; Um museu no meu quarto – Um museu particular; Cantinho do saber – Um lugar especial para se conversar; Conexão pai-professor – Um centro de pesquisa para pais e professores; Fique nos fatos – Diga apenas o que sabe e mostre como chegar aos fatos; Coisas que você tem de saber – Escreva instruções importantes; Universidade da criança – Prepare seu filho para novas experiências; Prece diária – É o que parece”.

Para o desenvolvimento do nosso caráter, necessitamos buscar o equilíbrio e a estabilidade, senão nos perdemos emocional, espiritual, fisicamente e intelectualmente. Segundo os autores (2000; p. 41) “o equilíbrio permite ao indivíduo superar os revezes, mover-se em novas direções e redirecionar suas energias”. Sabemos que “para uma criança, o equilíbrio é uma mistura proporcional de liberdade e de estrutura. A proporção muda à medida que a criança amadurece, mas a necessidade de manter a proporção entre esses dois fatores permanece (...)”.

Para os autores (2000; p. 42) “a família também precisa de equilíbrio. Isso significa que haverá ocasiões em que as necessidades de um membro superarão as de outro, e vice-versa (...)”. Nesse rumo “a criança aprende a ser paciente quando suas necessidades são equilibradas pelas dos outros”.

Portanto, com estabilidade e equilíbrio os autores defendem (2000; p. 43) que “a criança pensa quando está diante de problemas e toma decisões mais acertadas. Permanece fiel a si mesma quando sua integridade e seu caráter são desafiados”. Para aumentar a estabilidade e o equilíbrio para construir o caráter da criança os autores (2000; p. 44) sugestionam: “equilibre o estilo de vida da família com mistura certa de trabalho e diversão, carreira e família, dor e alegria, solidão e reunião, punição e recompensa. Tornamo-nos inteiros quando vemos os dois extremos do espectro”.

Em seguida os autores descrevem atividades que equilibram e estabilizam (2000;

p. 45 à p. 52): Balanço da vida – Medidas das coisas chatas da vida em contraste

com as boas; Panelas no fogo – Um exemplo para a vida; Gira gira. – Demonstra o efeito estonteante do excesso de atividade; Pai ou mãe por um dia – Demonstra

Troque de papel com seu filho; Planejar os eventos diários com seu filho; A dança das horas – Uma linha do tempo mostrando os compromissos do seu filho; O livro dos compromissos – Um plano do dia de seu filho; O grande calendário da família – Um calendário para toda a família; O cobertor de segurança – Um lugar seguro para aninhar-se; O sistema de segurança do lar – Um sistema de segurança de brinquedo para espantar os medos da criança; Kit estabilizador de emergência – Um kit para guardar respostas de emergência”.

Outra questão importante no desenvolvimento para a construção do caráter, da consciência e inteligência emocional das crianças é o amor e aceitação incondicionais. Os autores (2000; p. 53) revelam que “a aceitação e o amor altruístas transmitem uma mensagem indiscutível de valor. As crianças que crescem com isso amam a si mesmas de forma saudável”. Por outro lado alertam, “não confunda aceitação incondicional com paternidade/maternidade permissiva. Você deve aceitar seu filho, não o comportamento dele incondicionalmente”. Weston (2000; p. 54) afirmam que “com amor e aceitação as crianças compreendem que seu comportamento traz conseqüências justas, isso as mantém motivadas a darem o melhor de si e a assumirem a responsabilidade por suas ações”.

Os autores (2000; p. 56 à p. 67) desenvolvem atividades que fazem crescer o amor, a confiança e outras que ajudam em relação à separação: O coelho que corre, de Margaret Wise Brown – Recrie esta história de amor incondicional; Medalha de ouro do amor – Reconhecimento do comportamento altruísta; Os beijinhos da família – Sinais de afeto personalizados; Obrigado, eu precisava disso – Reconhecer o afeto; Toalha eu te amo – Um tributo da família; Por que eu te amo –Os membros da família dizem por que amam uns aos outros; Quentinho e felpudo – Uma receita de amor e conforto; Poemas e canções eu te amo – Expresse seu amor em rimas; Pingue-pongue eu te amo – Um jeito leve, quase bobo, de expressar seu amor; Eu te amo em línguas diversas – Novas maneiras de dizer eu te amo; Ano dos namorados – Mande cartões do dia dos namorados a seu filho durante o ano inteiro; Cinqüenta modos de mar – Pense em modos diferentes para expressar seu amor; Um jeito de amar Escolha de uma

resposta de amor a uma situação teórica; O pôster familiar da declaração de amor

incondicional – Uma afirmação de amor incondicional; Cartas de amor – expresse

seu amor por meio da escrita; Caixa de lembrança – Um lugar para guardar presentes de seu filho; Macarrão das promessas douradas – Um lembrete simbólico se seu compromisso com seu filho; Histórias de amor – Conte a seu filho a evolução de seu relacionamento com seu/sua esposo/a; O dia em que você nasceu – Conte a seu filho a história do nascimento dele; Fotos assim mesmo –

Mantenha sua câmara pronta para fotos espontâneas; Confiança cega – Os jogadores, cada um em sua vez, vestem uma venda e são conduzidos pelos outros; Andar confiando – Atividade igual à anterior, apenas sem contato físico; Cama elástica – Os participantes atiram-se de costas nos braços dos outros; Amor de bichinho – Um companheiro de pelúcia; “É a mamãe – é o papai!” – Ponha-se nos livros de histórias de seu filho; Enquadrando seu amor – Seu filho faz uma moldura para você”.

Weston (2000; cap. 4 e cap.5) aprofundam a temática sobre inspiração e definição de papéis, assim como as relações com a família e com a comunidade. “Podemos não ter consciência, mas inspiramos e definimos papéis para nossos filhos a todo momento(...)”. Dizem que “a definição de papéis serve como uma orientação operacional, um exemplo de como agir e de como tratar os outros. A criança aprende mais por meio do exemplo do que da palavra (...)”. Na verdade segundo os autores (2000; p. 69) “com inspiração e definição de papéis a criança, quando em situações que envolvam a moralidade, terá a impressão de já ter estado ali; saberá o que fazer”. Sobre a família e a comunidade os autores (2000; p. 80) dão a seguinte orientação: “ainda que você viva longe dos parentes, tenha em mente que as relações da família extensa forjam uma relação especial entre a criança e sua herança. É importante dar à criança a noção do seu lugar nessa vasta unidade familiar. Isso a ajudará a entender o que veio antes dela e o que se seguirá. É igualmente importante ajudar seu filho a entender seu lugar na comunidade (...). Lembre-se de que a família está no centro, é a fonte do conhecimento da criança sobre relacionamentos, comunicação, amizade e amor.

A criança que interioriza esses valores usa-os para melhorar sua comunidade e, em última instância, o mundo”. Nesses capítulos os autores (2000; p.71)

desenvolvem variadas atividades: Livro familiar da inspiração – Um registro das ações inspiradoras da sua família; Copie-me – Uma lição sobre o poder de persuasão; Tomara que pegue! – Reconhecer boas ações; Pôster do herói – Um pôster feito em casa mostrando heróis pessoais; Meu herói – Conte a seus heróis por que os admira; Histórias do arco-da-velha; Um dia da vida – Passe um tempo no trabalho; Pensamento do dia – Mande seu filho para a escola, para um acampamento ou para a creche com uma nota de inspiração; O grande prêmio LEGAL – Um prêmio pela capacidade de liderança; Inspiração – Incentive seus filhos a lutarem por uma causa em que acreditam; Grandes gangues – Incentive seu filho a envolve-se com um grupo de pessoas mentalmente semelhantes; O espelho que inspira – Procure, como família, os necessitados; Galeria da fama – Crie em sua casa uma área para exibir fotografias de membros da família inspiradores; Professor criança – Faça as crianças serem professores estabelecendo um programa especial na escola de seu filho; Grupos de apoio – Procure um apoio formal quando necessário; Conselho familiar – Um encontro regular da família; Os dez mandamentos da família – Regras para a vida da família; O álbum familiar da criança – Um álbum com histórias reais e imaginárias; Sonhos e desejos da família – Crie uma colagem sobre os sonhos e desejos da família; Tradições familiares – Dê início a uma tradição familiar; Hora do jantar – Jantar junto; Ãnimo familiar – Espalhe o ânimo entre os que precisem; Dia do irmão – Um dia para celebrar o irmão; A bandeira da irmandade – Uma bandeira que simbolize a relação entre seus filhos; Tabela da tarefas da família – Uma tabela listando as responsabilidades da cada membro da família com o cuidado da casa; Emblema da família – Um emblema original para representar sua família; Rituais de família – Estabeleça um ritual familiar; Reunião familiar – Promova uma reunião familiar; Caça ao tesouro em família – Um jogo para descobrir e revelar fatos sobre a família; Histórias e folclore da família – Investigue a história de sua família; Mapa da família – Mapeie seus parentes; O cumprimento da família – Crie um cumprimento secreto, que só a família conhece; Figuras que falam – Uma olhada em velhas fotos de família; Sistema familiar de cartões – Um plano prefeito

para que os cartões sejam enviados na ocasião certa; De família para família – Ajude uma família necessitada; Fichário da família – Cartões para avaliar a

atuação da sua família; Jardins da família – Jardinagem em família; Anéis de família – Forjar a identidade da família; A colcha da família – Faça uma colcha de retalhos com roupas da família; Fotocolagem – Faça uma colagem de fotos de membros da família; Calendário da família – Faça um calendário com12 fotos que representem sua família; Diário do divórcio – Um diário para ajudar a trabalhar com sentimentos e situações advindas do divórcio; Trabalhos da comunidade – Visite lugares em sua comunidade; Caça ao tesouro da comunidade – Use um mapas para descobrir lugares interessantes em sua comunidade; Interesses familiares em comum – Procure outras famílias com interesses similares aos da sua; Os Cuidados da Cacilda – Cuide do bem-estar se seus vizinhos; Voluntários da comunidade – Tornem-se cidadãos engajados”.

Os autores (2000; cap. 6, cap. 7 e cap. 8) abordam sobre “o potencial pessoal: auto-estima, coragem e confiança, perseverança e otimismo; harmonia social: comunicação, competência social, cooperação e trabalho em equipe; auto-consciência: compreensão pessoal, administração dos sentimentos e intuição”. Podemos dizer que os passos que damos em direção ao conhecimento de nós mesmos, do mundo, do ser humano e de todas as coisas sustentam-se em nossas capacidades subjetivas que se originam dos condicionantes sócio-culturais e históricos. Portanto, somos aquilo que pensamos de nós mesmos, a imagem que fazemos de nós influencia nossas concepções da realidade, do saber e da vida. É por isso que os autores (2000; p. 105) falam que “a criança com uma auto-estima saudável valorizará sua vida, seus objetivos e seu corpo independentemente da aprovação do círculo social ou da influência da mídia”. Sabemos que as ferramentas para a competência social são segundo os autores (2000; p. 137): “a capacidade de expressar os próprios pensamentos e sentimentos; a capacidade de ouvir e entender os outros; a capacidade de compreender e interpretar as regras das relações sociais e a capacidade de cooperar e trabalhar como membro de uma equipe”. Partindo desses pressupostos Denise e Mark Weston (2000; p. 172) afirmam que “com apenas dois anos, a criança já começou a desenvolver a autoconsciência, a compreensão e o conhecimento a respeito de si mesma e do mundo a sua volta. E, mais impressionante, ela usa essa informação para regular sue comportamento”.

Por fim, os autores continuam enfocando os traços/marcas do caráter: “felicidade, sensibilidade, engenhosidade e resolução de problemas, humanidade”. Hoje sabemos que para alcançarmos uma felicidade constante e verdadeira são necessários alguns ingredientes como alegria, humor, brincar com liberdade e saber lidar com o estresse. Ao mesmo tempo é fundamental agir de maneira boa e justa, ou seja, crescer com consciência moral, pensamento independente, responsabilidade e autodisciplina, criatividade, autopreservação e administração de crises e conflitos. Os autores (2000; p. 199) dizem que “é comum vermos pessoas que se esquecem de alegra-se com as coisas mais óbvias, por estarem vivas, pelo sol brilhar, ou de apreciar coisas tão comuns como o canto de um pássaro, Manter-se ligado a esses prazeres simples enriquece a vida diária. O humor e a brincadeira nos ajudam a encontrar alegria mesmo nas fases ruins da vida”. Quando os autores (2000; p. 220) falam da sensibilidade, significa dizer que “as decisões que as crianças tomam devem ter sentido para elas. Não senso comum, mas senso moral, que advém de valores e crenças e demonstradas por todo o ambiente em que a crianças vive, incluindo pais, família, parentes, responsáveis, organizações religiosas e professores. Com outras palavras sensibilidade: ser forte, ser justo, ser tolerante, enfrentar o problema com independência”. Sendo assim os autores (2000; p. 256) apontam a estratégia simples de resolução de problemas usada pela criança de seis meses não é diferente da usada por uma criança de dez anos ou, no caso, da pessoa de trinta. A fórmula básica é a mesma, como segue: “identificar o problema e um objetivo; revisar o que já se sabe sobre a situação ou sobre situações similares; acionar as habilidades e recursos que ajudarão a enfrentar o problema e a alcançar o objetivo; decidir um curso de ação e iniciá-lo; rever os próprios esforços e soluções”. Acredito que para crescermos como pessoa como gente, a empatia, o apreço, o respeito e a tolerância com a diversidade são pilares para sermos cidadãos do mundo, em diálogo permanente com as culturas e pluralidades ideológicas e metodológicas sobre o saber e o processo de aprendizado.

Todavia, para tornar-se uma pessoa com capacidades associadas à humanidade,

os autores (2000; p. 299) ensinam que “cada criança precisa aprender a ter empatia com outras pessoas, respeitar suas necessidades e sentimentos e saber

quando estes são mais importantes que os seus próprios. Essas capacidades se misturam e se complementam. As sementes destas capacidades são plantadas pelos pais e professores da criança por meio de suas ações e de sua atitude”. Quando educamos para a democracia, para os direitos humanos e conservação do meio ambiente, para o diálogo e participação, para a política e sociabilidade, vamos percebendo e aprendendo segundo os autores (2000; p. 302) que “o respeito verdadeiro é multifacetado, pois, inclui o respeito pela vida, pela propriedade, pelos adultos, pelas crianças, por nosso planeta e pelos direitos alheios”.

Por Cristiane Navarro Castelhano.

Bibliografia

WESTON, Denise Chapman. Aprender Brincando: Atividades divertidas para construir o caráter, a consciência e a inteligência emocional das crianças. 3ª ed. São Paulo: Paulinas, 2004.

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